sábado, 28 de novembro de 2009

c'mon, let's get high. (a saga franz ferdinanda - o antes - parte onze)

Portões ainda fechados e ansiedade no ar. Fila acumulada desde as 6h da manhã. Tenso.


Cheguei e perguntei. Sim, "Nina Costa + 1", como prometido, na lista da banda. Incrível, no sentido literal da palavra.


Duas filas. Ou melhor, uma fila para quem tinha o ingresso e uma entrada para imprensa e convidados. E ênfase nos convidados.


RG na mão do segurança. Olhou, conferiu minha foto, olhou para minha cara, virou, leu o nome da minha mãe e confirmou no RG dela. Beleza. Olhou a data de nascimento. “1995?!”. Gelei, não teve jeito. Da cabeça aos pés, frio que nem freezer. “Sim.” (nota: lembro que disse “sim” e nada mais. Mas foi o “sim” mais sofrido da minha vida. Foi um “sim, sou menor de idade, mas foda-se e me deixe entrar, por favor.”).


Outro segurança foi chamado. Sim, cara, eu sou menor de idade e tenho consciência disso. Mas, poxa, o Alex Kapranos me convidou e a advogada do evento sabe disso, pode perguntar. Eu continuava gelada.


E a outra fila rodando. Nessa hora, tentando não olhar diretamente nos olhos dos seguranças, olhei para a outra fila. Desconhecidos, todos. Mas uma mão me acenava. Nem olhei para o rosto, era ela. Duda, vestida à La Kapranos. Um sorriso de “te vejo lá dentro” e pronto. Olhei de novo, rapidamente, e a vi sendo barrada. Cara, que nervosismo.


E eu?


Espere, chegou alguém. Um produtor.


“Você por acaso é a menina de Campinas? Ah, pode entrar! Cara, estou sabendo da sua história desde as 7h da manhã. Pode entrar. E tenha um bom show, aproveite bastante.”


Alívio. Total. Não, parcial. Duda do lado de fora. Queria fazer alguma coisa, mas não podia.


Era só aguardar. 

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